segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Novas tendências históricas

A história por muitos séculos foi relatada de acordo com interesses etnocentristas, principalmente por parte dos colonizadores das Américas, que simplesmente ignoraram milênios de história dos povos nativos.
Com novos movimentos históricos, as novas escolas de historiadores tentam coma a máxima imparcialidade resgatar está história esquecida e por muitos desconhecida. Esta tem sido uma tendência no meio acadêmico que tem se utilizado com frequência de outras ciências como a arqueologia, a etnologia e a antropologia.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Povos da Mesoamérica - A Religião Asteca

* Religião Asteca

A religião predominante em Tenochtitlán, capital Asteca, na época da conquista espanhola foi resultado de um grande processo de fusão, em que os sacerdotes mesclaram a visão do mundo com a dos ideais dos Astecas.
Neste diapasão vale ressaltar como se dava, para os Mexicas, o mito da criação do mundo, que dividiam em 5 períodos consecutivos, sendo que cada uma aperfeiçoando-se gradativamente. A primeira fundação da terra, com a presença de 4 sois e a formação de seres humanos e plantas. Desta primeira fundação até a quinta e última, surgem 4 forças, quais sejam: terra, vento, água e fogo. A quinta era ficou conhecida como a do “sol em movimento”.
Esta crença levou os Astecas a cultuarem ao sol e a terra, para tanto criam em um pai onicriador e uma mãe universal, daí a idéia de uma divindade dual. Apesar de divindades distintas foram unificadas e recebeu o nome de Ometeotl (deus dual), portanto, considerado também deus dos pais e deus das mães. Desse deus dual surgiram 4 filhos que representavam forças primordiais que movimentavam o sol gerindo vida na terra, bem como eram responsáveis pela destruição total da terra, prevista para esta quinta e última era. Esses deuses filhos de Ometeotl, eram conhecidos como Tezcatlipocas e eram identificados por cores: branco, azul, vermelho e preto, cada qual com sua função e significado.
Outro fator predominante na religião Asteca foi a conciliação das diferentes religiões dos povos vizinhos que encheu de deuses o panteão asteca. Para uma mesma missão, havia divindades provenientes de diversas culturas, e a tradição dualista opunha deuses benevolentes aos destruidores. A classe dirigente louvava suas divindades guerreiras, enquanto os camponeses atribuíam a fertilidade ou as calamidades aos deuses agrícolas. Cada lugar, cada profissão, agregava ao panteão asteca suas próprias divindades.
Os membros do clero pertenciam às classes superiores. Estudavam em suas próprias escolas, a escrita e a astrologia, além de praticarem a mortificação e os cantos rituais. Sua vida era de austeridade e permaneciam celibatários. Os templos mantinham asilos e hospitais.
Da mesma forma que outros povos indígenas, como os maias, os astecas supunham viver a era do quinto sol. As quatro anteriores haviam acabado em catástrofes. Isso constituía uma justificativa ideológica para as contínuas guerras astecas, pois era necessário capturar inimigos e sacrificá-los aos deuses, a fim de proporcionar sangue para que o Sol não se apagasse.
Na realidade, as concepções guerreiras - com seu culto ao sacrifício e à coragem, as necessidades políticas e as crenças religiosas constituíam quase uma unidade no mundo asteca. Os mortos em sacrifícios, como os que morriam em combate, tinham sua entrada garantida no império do Sol. Sorte semelhante estava reservada às mulheres que morriam de parto, provavelmente para diminuir os temores das mulheres e aumentar a reprodução. Os mortos comuns iam para um lugar subterrâneo chamado Mictlan.
Os astecas consideravam o mundo um lugar instável, em que as colheitas, os homens e até os deuses estavam ameaçados por catástrofes naturais. Só uma religião dura e severa podia oferecer segurança.

ALGUNS DEUSES ASTECAS:
Anahuac: Deus da morte.
Chalchiuhtlicue: Deusa da água, esposa de Tlaloc.
Chicomecoati: "Sete serpentes", associado com o governo
Coatlicue: Mulher Serpente. Deusa da terra.
Huitzilopochtli: Deus da guerra e tempestade.
Mictlantecuhtle: "Senhor do Inferno" era o deus da morte e do reino da maldade e das sombras. Está representado nas pinturas como um monstro horrível com a boca enorme, onde caíam os espíritos da morte. Sua horrenda morada se conhecia como Tlalxicco (o umbigo da Terra).
Ometochtli: Deus da bebida e embriaguez
Ometecutli: Sua esposa era Omeciuatl. Pai e mãe dos humanos. Os nomes significam "Senhores dos sexos". Eram representados pela água, terra, céu e fogo.
Quetzalcoati: "Serpente-Plumada" deus da civilização e aprendizado, um dos mais significativos deuses dos astecas. Representava a força da natureza.
Tezcatlipoca: Deus da noite e da magia, deus supremo. Associado também com o destino dos homens e com a realeza.
Tlaloc: Deus da chuva e da tempestade. Esposo de Chalchiuhtlicue.
Tonatiuh: Sol, considerado como primeira fonte de vida.
Xipe Totec: Deus da primavera e do replantio.
Xiuhtecuhtle: Deus do fogo.
Xolotl: Deus do sacrifício humano.

Ainda a respeito dos cultos religiosos dos Astecas, necessário é mencionar um dos tipos de Cerimônia que é o Sacrifício Humano, sendo que um deles é realizado da seguinte forma: o mais bravo dos prisioneiros de guerra era sacrificado a cada ano. No dia de sua morte, ele tocava flauta no cortejo. Sacerdotes e quatro belas moças acompanhavam-no.
Os ofícios religiosos, freqüentemente celebrados ao ar livre nos arredores dos templos, reproduziam fenômenos cósmicos e, dada sua estreita relação com os ciclos vegetativos, regiam-se por um complicado ritual, centrado nos sacrifícios.
Em geral sacrificavam-se prisioneiros de guerra, mas usavam-se voluntários também. As vítimas eram executadas pelos sacerdotes, de formas diversas, segundo o deus a quem se oferecia o sacrifício.
Quando não havia guerra contra os vizinhos, os astecas declaravam a "guerra florida", uma série de combates individuais que proporcionavam vítimas para os sacrifícios. Os astecas acreditavam que o sol morria todas as noites. Para acordá-lo, era necessário oferecer sangue humano a ele. Por isto, todas as noites, os sacerdotes matavam uma pessoa para o sacrifício. Estima-se que 25 mil pessoas eram sacrificadas por ano.
O aspecto sanguinário desses rituais impressionou fortemente os espanhóis, cuja intervenção impediu a evolução do sistema religioso asteca.

Referências Bibliográficas:
Religião Asteca – História da Religião Asteca. Disponível em: http://www.historiadomundo.com.br/asteca/religiao-asteca.htm. Acesso em: 23/11/2009.
Religião Asteca. Disponível em: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/civilizacao-asteca/religiao-asteca.php. Acesso em: 23/11/2009.